Educação Infantil: competências socioemocionais e desenvolvimento cognitivo
Você já se questionou sobre a importância das competências socioemocionais no desenvolvimento infantil?
É na primeira infância que as crianças começam a socializar, brincar, interagir, criar laços e passam por experiências duradouras que vão refletir por toda a sua vida. Como nessa fase elas são moldáveis e estão em transformação, abre-se um mundo de possibilidades diante delas.
Por isso, a escola deixa de ser apenas um lugar para desenvolver as habilidades acadêmicas e passa a representar um local para desenvolver as competências socioemocionais.
Para tratar um pouco mais sobre o desenvolvimento socioemocional e cognitivo e a importância da inteligência emocional, abordaremos neste artigo alguns pontos do processo de aprendizagem:
- O que são competências socioemocionais?
- Compreendendo o desenvolvimento cognitivo e emocional das crianças
- Como estimular o desenvolvimento cognitivo e emocional
- O papel do professor no desenvolvimento socioemocional
- Profissionais capacitados para trabalhar as competências socioemocionais
Boa leitura!
O que são competências socioemocionais?
Este termo se refere a um conjunto de habilidades que os indivíduos desenvolvem desde muito cedo para ajudar a compreender e gerenciar suas emoções. Dessa forma, desenvolvem empatia, relacionamentos saudáveis e se preparam para lidar com as adversidades ao longo da vida.
Sendo assim, não são habilidades apenas da esfera acadêmica, mas contribuem para o sucesso na vida, promovendo a capacidade de resolver conflitos, tomar decisões e de relacionamentos com o outro.
De acordo com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) essas competências compreendem:
- Conhecimento;
- Pensamento científico, crítico e criativo;
- Repertório cultural;
- Comunicação;
- Cultura digital;
- Trabalho e projeto de vida;
- Argumentação;
- Autoconhecimento e autocuidado;
- Empatia e cooperação;
- Responsabilidade e cidadania.
É na primeira infância que as habilidades socioemocionais são desenvolvidas e a criança se depara com situações que exigem capacidade de estabelecer um relacionamento saudável com as outras crianças, em que haja respeito, tolerância e empatia.
Como desenvolver as habilidades socioemocionais?
O que pode parecer somente um momento lúdico, para Vygotsky (1896-1934) – psicólogo e pensador nascido na Bielorrúsia: é “uma importante ferramenta para o seu desenvolvimento cognitivo, emocional, social e psicológico”.
Brincadeiras, histórias, dramatização, teatralidade, jogos, atividades interativas são meios para que as crianças desenvolvam essas competências de maneira prazerosa e de forma constante.
Na primeira infância, a criança passa a maior parte do seu tempo brincando e, dessa forma, criam interações, recriam situações, exploram possibilidades, planejam ações, desenvolvem soluções para problemas do cotidiano.
Portanto, são nessas situações que se apresentam as oportunidades para desenvolver competências como ouvir com empatia, falar clara e objetivamente, colaborar com o grupo, solucionar conflitos de modo construtivo e de forma respeitosa.
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Compreendendo o desenvolvimento cognitivo e emocional das crianças
Enquanto as competências socioemocionais dizem respeito a emoções, afetos e como uma pessoa lida com o outro e consigo mesma, as habilidades cognitivas andam paralelamente e envolvem capacidades mentais.
Nesse contexto, une-se mais ao desenvolvimento da memória, atenção, linguagem, criatividade, planejamento e inteligência emocional. Portanto, essas habilidades são desenvolvidas durante a vida toda, mas é na infância que se aprimoram principalmente.
O aspecto cognitivo se evidencia na fase escolar. É nesse período que elementos como atenção e memória fazem grande diferença no aprendizado das crianças, embora comecem a desenvolvê-los nos primeiros momentos de vida.
Os aspectos emocionais, por outro lado, ocorrem por toda infância e perduram durante a vida adulta, pois há sempre algo a aprender para administrar as emoções e manter relações saudáveis.
Um ambiente propício ao progresso adequado dos aspectos emocionais na infância, como um ambiente familiar emocionalmente seguro, é imprescindível para garantir o desenvolvimento cognitivo saudável.
Como estimular o desenvolvimento cognitivo e emocional
De acordo com o que foi explanado sobre a importância dessas habilidades, vamos conferir algumas maneiras de promover e aprimorar os processos cognitivos das crianças:
- Estímulos sensoriais: explorar experiências sensoriais, como brincadeiras em que haja texturas, diferentes cheiros e cores é imprescindível nesta fase;
- Jogos: estimular o desenvolvimento por meio de jogos educativos ou de tabuleiro, como xadrez, quebra-cabeça, de encaixe, que promovam o raciocínio lógico, a resolução de problemas e a coordenação motora é essencial para a criança. Esses jogos estimulam a atenção, memória e o raciocínio, além da concentração.
- Música: a estimulação musical traz benefícios significativos para as crianças. Por isso, expô-las a atividades musicais, como cantar, dançar e tocar instrumentos simples traz essa experiência positiva.
- Tecnologia: quando introduzidas com moderação, as tecnologias podem ser benéficas. Aplicativos e jogos educativos podem oferecer experiências ricas de aprendizagem.
- Leitura: este hábito deve ser nutrido desde cedo, pois incentiva a criatividade e a imaginação, exercita a atenção e aprimora a escrita, reflexões e linguagem. Oferecer livros com histórias com as quais as crianças se identifiquem traz o sentimento de representatividade. Já aqueles livros em que personagens e experiências apresentadas são muito distintas, podem servir como um exercício de empatia.
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O papel do professor no desenvolvimento socioemocional
O profissional de educação tem um papel primordial no desenvolvimento de competências socioemocionais. Ele é um exemplo em sala de aula de empatia, comunicação e autocontrole, por isso, seu comportamento influencia diretamente seus alunos.
Desta forma, criar um ambiente seguro e positivo, que estimule a criatividade, ofereça segurança emocional e o respeito é essencial para que os alunos se sintam confortáveis para compartilhar seus pensamentos e expressar sentimentos.
Criar um ambiente acolhedor e incentivar o diálogo são responsabilidades do profissional, desta forma, os alunos se sentem inspirados e motivados a conversar e interagir. Nesse ponto é importante que o professor também esteja aberto a expor os sentimentos e compartilhar experiências próprias, com o intuito de criar laços com as crianças.
Outro ponto importante é fazer com que o aluno exerça a autonomia, isto é, seja capaz de tomar as próprias decisões. Dessa maneira, o profissional prepara seu aluno para ser um adulto emocionalmente confiante quando chegar na vida adulta, para encarar o mercado de trabalho.
Além dessas ações, o professor ainda pode promover projetos em que estimule o trabalho em equipe para fomentar: a socialização, a cooperação, o autoconhecimento, empatia e mediação de conflitos.
Também é papel do profissional desenvolver a cidadania por meio de ações de solidariedade. Essa habilidade compreende as competências previstas na BNCC. O professor pode realizar ações no bairro ou na própria escola – como arrecadação de agasalhos, brinquedos ou livros para doação. O importante é que as crianças sintam-se envolvidas em todo o processo e colaborem.
O professor qualificado para realizar essas atividades precisa ser bem preparado, por meio de um curso completo que o capacite a trabalhar com os pequenos de maneira integral.
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Profissionais capacitados para trabalhar as competências socioemocionais
O professor qualificado para realizar essas atividades precisa ser bem preparado, por meio de um curso completo que o capacite a trabalhar com os pequenos de maneira integral.
O mercado de trabalho está cada vez mais exigente em relação à qualificação de profissionais que desejam trabalhar com crianças, principalmente na primeira infância, por seu papel fundamental e inquestionável na formação dos pequenos.
Buscar essa capacitação é imprescindível para aqueles que desejam realizar um trabalho diferenciado para transformar o futuro da educação.
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