Tradução em tempos de Inteligência Artificial – os desafios e benefícios
Desde a antiguidade, a humanidade usa a comunicação entre diferentes culturas e, com isso, a tradução e a interpretação são necessárias. Com o uso da tecnologia e da inteligência artificial, novas possibilidades se abriram para acelerar essa interação.
No entanto, muito tem-se discutido com relação às pessoas que são tradutoras. Se usar a IA é muito mais fácil e rápido, além da precisão e eficiência, então o ser humano será substituído? É possível que a tecnologia tome o lugar das pessoas?
Esse tema de grande relevância atualmente tem rondado a mente dos profissionais e de pessoas que utilizam o trabalho de tradução. Afinal, qual vai ser o futuro desta área em tempos de inteligência artificial?
Neste artigo vamos trazer algumas reflexões baseadas em dados para elucidar a importância da pessoa humana em qualquer área, principalmente quando se trata da linguagem.
Acompanhe até o final e boa leitura!
Você vai ler:
- Como a inteligência artificial funciona?
- A tradução evolui com a Inteligência Artificial
- A tecnologia é limitada na área da tradução
- O futuro das traduções
- Tradução de alta qualidade
Como a inteligência artificial funciona?
Mais do que os robozinhos das histórias de ficção, a Inteligência Artificial é uma tecnologia utilizada amplamente no nosso cotidiano.
A todo momento, encontram-se novos usos para a IA, que se mostra muito eficaz para ajudar os seres humanos, seja em automação nas grandes indústrias, assistentes de voz em atendimentos ou outros usos.
A inteligência artificial tenta agir de forma autônoma para tomar decisões, mas para que isso seja possível, há uma série de procedimentos e protocolos para serem cumpridos.
Como surgiu a Inteligência Artificial?
O início remonta à década de 1950, quando surgiram os primeiros computadores.
Segundo os estudos de John McCarthy (1927 – 2011), matemático e pesquisador da área de ciências da computação, pioneiro da inteligência artificial. O pesquisador definiu a IA como:
“Fazer a máquina comportar-se de tal forma que seja chamada inteligente caso fosse este o comportamento de um ser humano.”
Foi em 1960 que o Departamento de Defesa dos Estados Unidos iniciou as pesquisas que culminaram nos estudos e projetos da inteligência artificial. Esses estudos foram intensificados a partir de 1980, embalado pelo pelos avanços tecnológicos e as necessidades industriais.
A tradução evolui com a Inteligência Artificial
Erra quem afirma que usar a tecnologia é melhor ou pelo menos a mesma coisa que solicitar a tradução de um profissional.
Quando surgiram ferramentas como Google Tradutor, a intenção não era substituir o tradutor, mas facilitar a comunicação na internet. O mesmo acontece com a IA, com uma proposta interessante e complexa, pois, ao mesmo tempo que tenta reproduzir a inteligência humana, esbarra na criatividade que só o ser humano possui.
A inteligência humana tem a ampla capacidade de resolver problemas, de ser criativa e de inovar. Os seres humanos são inteligentes porque conseguem reconhecer a profundidade dos acontecimentos, conhecem as múltiplas possibilidades para solucionar situações complexas.
Sendo assim, a IA é um assistente para a inteligência humana, que se molda de acordo com o que é necessário no âmbito da linguagem. É necessária a pessoa para tomar as decisões e fazer escolhas comunicacionais quando vai transpor a mensagem de uma língua para a outra.
É o ser humano que tem a importante tarefa de assegurar que a intenção comunicativa está sendo realizada no momento da comunicação. Sendo assim, seu lugar está seguro no futuro da tradução e interpretação.
A tecnologia é limitada na área da tradução
Enquanto a inteligência humana se adapta a situações e busca a resolução de problemas, a IA e outros artifícios tecnológicos são limitados, apesar de todos os avanços nesse setor.
A habilidade humana não será substituída por computadores, contudo, o trabalho em conjunto pode ser muito valioso na busca de termos específicos ou na agilidade que a tecnologia alcança.
Dessa forma, a cooperação que existe entre inteligência artificial e tradutores é muito produtiva. De um lado a precisão das palavras e terminologias, do outro, a sensibilidade às nuances culturais, emoções e contextos específicos que as máquinas não conseguem captar totalmente.
No futuro, será possível vislumbrar uma colaboração entre humanos e IA, em que os tradutores humanos atuarão como revisores para o trabalho feito pela tecnologia.
Os desafios éticos e de qualidade
Quanto mais popular a Inteligência Artificial se torna, questões sobre ética vêm à tona. Como saber se as traduções são realmente originais, sem plágios? Ou como se certificar de que não apresentam ideias preconceituosas ou errôneas?
Sem a intervenção ou o acompanhamento de um tradutor humano, eventos desse tipo podem acontecer e não serão corrigidos, visto as limitações que a tecnologia apresenta.
O futuro das traduções
De fato, a evolução da IA é de conhecimento de todos, possivelmente alcançando níveis de tradução quase tão semelhantes quanto as feitas por humanos. No entanto, a necessidade de um trabalho de alta qualidade em contextos específicos, como literatura, marketing, direito, garante que os tradutores humanos ainda terão um papel fundamental.
Felizmente, a tecnologia não conseguirá substituir o ser humano, mas sempre será um coadjuvante para contribuir com a evolução contínua da tradução.
As tecnologias continuarão se aprimorando de maneira que as ferramentas disponíveis serão cada vez mais precisas e eficientes no auxílio do trabalho de tradutores.
Tradução de alta qualidade
Por falar em alta qualidade na tradução, é preciso entender que, mesmo com toda ajuda dada pela tecnologia, isso não substitui o empenho dos tradutores em se preparar de forma adequada, atualizando-se constantemente.
Trabalhar com a linguagem é estar em constante evolução, pois a língua é viva e muda a cada dia. Para não ficar desatualizado e perder espaço no mercado de trabalho, o profissional deve investir em capacitação de qualidade.
Investir em cursos de qualificação profissional pode ser um diferencial para quem pretende permanecer um passo à frente daqueles que se apoiam e ficam dependentes da inteligência artificial.
Conclusão
O futuro da tradução em tempos de inteligência artificial é promissor, mas também desafiador. A tecnologia está avançando rapidamente, mas o toque humano ainda é insubstituível em muitos aspectos. A chave será encontrar um equilíbrio entre a eficiência da IA e a expertise humana
Ainda mais importante é concluir que a IA não substituirá os tradutores, mas vai colaborar, tornando o trabalho mais eficiente e produtivo, além de mais ágil.
Os benefícios que surgirão a partir da colaboração entre tecnologia e seres humanos só aumentarão, contribuindo para a evolução contínua da área de tradução.
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