Tudo o que você precisa saber sobre a redação do ENEM

Com o final do ano e a data da prova se aproximando, a redação do Enem deixa de ser apenas uma ideia e se transforma em um momento mais palpável.

A preocupação com a prova é totalmente válida, afinal, essa nota pode definir se você conquista ou não a vaga dos seus sonhos. 

Mas você já deve saber que, normalmente, o medo e a preocupação surgem quando não sabemos o que vamos enfrentar, né?

Por isso, para você se acalmar e se preparar com um pouquinho mais de conhecimento, vamos responder, neste artigo, as principais dúvidas dos estudantes.

Então, fique com a gente e continue a leitura. 

Qual é o gênero da redação do Enem?

A redação do Enem é do tipo dissertativo-argumentativo, com proposta de intervenção. 

O texto dissertativo-argumentativo é aquele que defende um ponto de vista (tese) por meio de argumentos. Ou seja, você vai precisar se posicionar sobre um tema, escolhendo um posicionamento. 

Por exemplo, no tema “O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira” (Enem 2020), é possível construir uma tese que diga que o estigma prejudica o tratamento das doenças mentais na sociedade brasileira. 

Após isso, você deverá sustentar a sua tese por meio de argumentos. Nesse sentido, você deverá explicar o motivo de você ter exposto aquele posicionamento. Reúna, assim, ideias, fatos e os desenvolva. 

Por fim, faça a proposta de intervenção, apresentando uma alternativa para melhorar a situação exposta por você. 

Para que tudo faça sentido, você precisa ter essa estrutura bem clara. Vamos explicar isso para você. 

Como é a estrutura da redação do Enem?

Você terá 30 linhas para escrever o seu texto. Se você pensa que é pouco, saiba que, com os treinos (vamos contar como treinar mais abaixo), esse número vai parecer pequeno. 

Por isso, vamos passar algumas dicas para você estruturar seu texto. 

Introdução

A introdução é o primeiro parágrafo do seu texto. Ela apresenta o tema e a tese. 

Dica: Use em torno de 7 linhas para fazer a introdução. 

Desenvolvimento

O desenvolvimento envolve os parágrafos de argumentação. Você pode fazer dois ou três parágrafos, cada um com um argumento. 

Dica: Prefira fazer dois parágrafos de argumentos, cada um com, aproximadamente, 8 linhas. Isso permite que você tenha mais espaço para aprofundar as ideias selecionadas.

Conclusão

Último parágrafo do texto. Na redação Enem, é aqui que a proposta de intervenção é escrita. Falaremos sobre a proposta no próximo tópico. 

Dica: Utilize aproximadamente 7 linhas para fazer a sua proposta. 

As dicas que trouxemos ajudam a organizar o texto. Perceba que essa organização deixará o texto quase simétrico. Contudo, fique à vontade para seguir o caminho que você achar mais confortável para fazer o seu melhor texto. 

Lembre-se, entretanto, que você precisa se atentar às competências para conseguir a melhor nota. 

Quais são as competências da redação do Enem?

A redação do Enem é dividida em 5 competências. Cada competência vale 200 pontos e avalia uma habilidade. 

Competência 1: Domínio da escrita formal da língua portuguesa

Quanto menos erros de ortografia, concordância, regência, acentuação e pontuação, maior a sua nota. Por isso, muita atenção às aulas de Gramática, hein?

Competência 2: Compreensão do tema e da estrutura do texto. 

O tema é a ideia central da proposta. Todo o seu texto deve falar sobre ele, ou seja, você não deve tangenciar ou fugir do assunto proposto. 

Se fugir do tema ou fizer uma estrutura diferente (como uma poesia, por exemplo), essa competência tem o poder de zerar a sua redação inteira.

Competência 3: Tese e argumentos claros e bem desenvolvidos

A competência 3 avalia se você selecionou, relacionou, organizou e interpretou informações, fatos, opiniões e argumentos na defesa da sua tese. Assim, analisa-se se o seu argumento faz sentido, se as ideias selecionadas são pertinentes e se você usou bem o seu repertório cultural. 

Competência 4: Conhecimentos dos mecanismos linguísticos

De nada adianta boas ideias se elas não se conectam. Essa competência avalia exclusivamente se o uso de preposições, conjunções, advérbios e locuções adverbiais na conexão entre os períodos e parágrafos do seu texto fazem sentido. 

Competência 5: Proposta de intervenção 

Aqui, você precisa sugerir uma forma de enfrentar o problema proposto pelo tema e pelos argumentos que você selecionou. Recomenda-se que a proposta de intervenção apareça no último parágrafo e apresente cinco elementos. 

Vamos falar sobre isso a seguir. 

Como fazer a proposta de intervenção?

O nome da competência é “proposta de intervenção” e não “proposta de solução”. Você não precisa resolver o problema apresentado, mas necessita trazer uma iniciativa relacionada aos direitos humanos. 

Outro ponto importante é que você deve intervir nos problemas que você apresentou. Não adianta nada falar durante a argumentação, por exemplo,  que o problema do tema é a falta de investimento na educação e a pouca disseminação da cultura e, na intervenção, escrever que as pessoas precisam ter consciência sobre o seu papel social. 

Isso é incoerente, e a competência 5 sofrerá penalizações se a sua intervenção não estiver relacionada aos argumentos que você trouxe. 

Outro ponto é que a sua argumentação precisa ter 5 elementos, e a presença de cada um deles vale 40 pontos. 

Elemento 1: Agente (Quem?)

Selecione quem pode tomar uma atitude para intervir no problema. Uma ONG? O Ministério da Saúde? Ou a Conar? Isso sempre vai depender dos seus argumentos e do que você pretende sugerir na sua intervenção. 

Elemento 2: Ação (O quê?)

O que o agente vai fazer? Escolha um verbo de ação para mostrar qual atitude o agente vai tomar. 

Elemento 3: Meio/Modo (Como?)

Quais serão os meios que o agente vai usar para praticar a ação? Utilize, aqui, estruturas que começam com “por meio de” ou “através de”. 

Elemento 4: Finalidade (Para quê?)

Qual é o objetivo dessa proposta? Utilize, aqui, estruturas como “a fim de” ou “com a finalidade de”. 

Elemento 5: Detalhamento 

Acrescente informações à ação, ao agente, ao modo/meio ou à finalidade. 

Como a redação do Enem é avaliada?

Sua redação passará por até quatro correções, com até quatro avaliadores diferentes. Todos os corretores são profissionais graduados em Letras ou Linguística. 

Como todo esse processo é monitorado, os supervisores e subcoordenadores precisam ter mestrado como formação mínima e comprovar que já trabalharam na área de correção e produção textual.

Seu texto, assim, passará por mais de um corretor para garantir que sua nota seja a mais justa possível. Cada um deles dará uma pontuação, e, no fim, a média dela será a nota final. 

Redação do Enem: como saber se a minha nota é boa?

A nota do Enem varia de 0 a 1.000. E, ao contrário do que muitos pensam, todos os alunos começam com a nota mil e vão perdendo pontos conforme sofrem as penalizações no texto. 

Nesse sentido, obviamente, a nota 1.000 é a melhor, mas a quantidade de estudantes que conseguem atingir esse valor é, infelizmente, muito baixa. Em 2023, apenas 19 estudantes conquistaram essa nota. 

Então, é válido tentar conseguir a nota mais alta possível e mirar nos valores máximos em cada competência. 

É importante lembrar, ainda, que a nota da redação tem um peso diferente para cada curso. Então, se você quiser entrar em Letras, Direito ou Administração, por exemplo, a nota da redação terá um um peso maior na hora de ser selecionado para uma vaga. 

Para os cursos de Exatas, como Matemática, Engenharia e Computação, por exemplo, as notas com mais peso dependem da escolha da faculdade. Porém, a nota de Matemática e suas Tecnologias é a que recebe mais atenção. 

Mas não é porque você vai concorrer a algum curso de Exatas que deve desistir ou dar pouca atenção à redação do Enem: ela vai ser o seu diferencial. Uma nota boa vai te garantir mais pontuação e, consequentemente, mais chances de entrar no curso da sua preferência. 

Em cursos mais concorridos, como Medicina, não têm jeito: tentar atingir a melhor nota é o que pode fazer a diferença entre ser selecionado ou não. 

Qual o dia da redação do Enem? 

A redação do Enem acontece no primeiro dia do exame, com a prova de Linguagens e suas Tecnologias (45 questões) e Ciências Humanas e suas Tecnologias (45 questões).

Em 2023, o primeiro dia de prova e, consequentemente, o de redação, será no dia 05 de novembro. 

Por isso, o tempo do primeiro dia é maior: o estudante tem 5h30 para responder as 90 perguntas e fazer a redação. 

Como não há tempo adicional para transferir as respostas para o cartão definitivo ou para passar a limpo a redação, controlar o tempo é essencial para não deixar nada faltando. 

Dessa forma, o melhor jeito de controlar o tempo para fazer uma boa redação é por meio de treino. 

Abaixo, explicaremos como você pode treinar para a redação. 

Como treinar para a redação do Enem?

Um nadador profissional não chega às Olímpiadas sem passar por uma rotina de treinos e exercícios, certo?  O mesmo deve acontecer com você no seu ano de prova. 

Treinar a redação é essencial para você descobrir quanto tempo demora para escrever um texto. Para isso:

Faça redações periodicamente: quanto mais você treinar, mais entenderá a estrutura e mais rápida será a produção do seu texto. Estipule metas, como duas redações por semana, por exemplo. 

Utilize plataformas de correção para controlar a sua nota: há várias plataformas de correção de redação. Elas oferecem uma nota, e isso ajuda a te guiar. Assim, você saberá se está no caminho certo ou o que precisa mudar. 

Faça simulados: muitos cursinhos pré-vestibular oferecem simulados abertos, gratuitos, presenciais ou online.

Mantenha-se atualizado: para construir bons argumentos, é preciso ter um bom repertório. Assista a filmes e a documentários, leia jornais e livros, sempre se preocupando em se manter atualizado com as principais informações do Brasil e do mundo. 

Saiba quais foram os últimos 5 temas 

Para que você possa treinar para a redação do Enem, trouxemos os últimos cinco temas. Assim, você já aprende um pouco mais sobre a estrutura do tema e da prova. 

2022:  “Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil”.

2021: “Invisibilidade e registro civil: garantia de acesso à cidadania no Brasil”.

2020: “O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira”. 

2019: “Democratização do acesso ao cinema no Brasil”.

2018: “Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet”.

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