Além das letras: 8 de setembro – Dia Internacional da Alfabetização

Celebrar o dia 8 de setembro – Dia Internacional da Alfabetização – é, para além do processo de entender as letras e as palavras, uma forma de falar sobre liberdade. Nesse sentido, a importância desse dia está na conscientização sobre o problema do analfabetismo que, ainda em 2023, afeta o mundo todo. 

A alfabetização é um direito fundamental de cada indivíduo, além de ser uma ferramenta vital para o progresso pessoal e para o desenvolvimento das comunidades. Porém, mesmo com toda essa relevância, essa questão ainda é desprezada. 

Assim, muitas pessoas ainda enfrentam barreiras significativas para obter conhecimento e oportunidades.

Para saber um pouco mais sobre a história do dia 8 de setembro, descobrir um pouquinho sobre a alfabetização no Brasil e entender a importância dos livros na alfabetização, continue a leitura. 

Por que o dia 8 de setembro é o Dia Internacional da Alfabetização?

A data foi criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Unesco para destacar a importância da alfabetização para a dignidade e os direitos humanos, tendo sido comemorada pela primeira vez em 1967. 

Todo ano, esses órgãos comemoram a data por meio de um tema, e o tema de 2023 é Promover a alfabetização para um mundo em transição: construindo as bases para sociedades sustentáveis e pacíficas

A relevância desse tema é tão acentuada que a Unesco oferece dois Prêmios Internacionais para celebrar as melhores práticas no campo da alfabetização:

Prêmio de Alfabetização Rei Sejong da Unesco: recompensa três vencedores que desenvolveram as melhores práticas de alfabetização na sua língua materna.

Prêmio Confúcio da Unesco para Alfabetização: também recompensa três participantes, mas reconhecendo os esforços em alfabetização funcional, especialmente em áreas rurais e para jovens fora da escola. 

8 de setembro: Dia Internacional da Alfabetização

Quando se fala em alfabetização, fala-se em liberdade. A capacidade de leitura permite que o indivíduo consiga acessar outras informações além da sua realidade. Além disso, amplia a capacidade de comunicação e as possibilidades de interpretação.  

Por meio da leitura e da escrita, é possível criar, desenvolver e disponibilizar informações. Acessar essas informações, por sua vez, é tão importante quanto criá-las, pois somente assim a participação social torna-se efetiva. 

O desenvolvimento de análise crítica por meio das capacidades de leitura e escrita é uma das formas de garantir a formação do indivíduo como sujeito ativo do seu processo de vida. Assim, ele passa a questionar as informações disponíveis e pode tomar decisões coerentes. 

Alfabetização, letramento e analfabetismo funcional

Embora o dia 8 de setembro comemore o Dia Internacional da Alfabetização, é importante ressaltar que alfabetização e letramento não são as mesmas práticas. Elas são complementares para não permitir o analfabetismo funcional. 

A alfabetização

Ela tem como objetivo o ensino da leitura e da escrita por meio dos processos cognitivos, ou seja, ela permite descobrir como utilizar as letras e entender como organizar as palavras. Ainda mais, segundo a Unesco, existem quatro principais enfoques para entender a alfabetização:

1) Aquisição de habilidades específicas ao longo do tempo.

2) É praticada de acordo com o contexto em que é aplicada.

3) A partir da leitura, inicia-se uma jornada de aprendizagem e aquisição de habilidades de modo progressivo. 

4) Domínio e compreensão do texto. 

O letramento

Relaciona-se à capacidade de interpretação e aplicação da leitura e da escrita nos mais variados contextos. É por meio do letramento que a criança consegue aplicar a sua comunicação de modo crítico e criativo na sua realidade social. 

Analfabetismo funcional 

Falta de capacidade de compreender os textos e a comunicação escrita, ainda que o sujeito saiba ler e escrever. 

Mesmo que os níveis de alfabetização possam subir, o que realmente importa para uma comunicação efetiva é o quanto a pessoa consegue compreender o que está escrito. 

Segundo o Indicador de Analfabetismo Funcional – INAF, há quatro níveis para a alfabetização: 

1º Analfabeto: indivíduo que não consegue ler, escrever, reconhecer símbolos ou signos escritos. 

2º Alfabetizado em nível rudimentar: indivíduo que consegue ler, escrever palavras simples e reconhecer alguns números.

3º Alfabetizado em nível básico: indivíduo que consegue ler, escrever e compreender, de modo satisfatório, palavras, formações de frases, além de aplicar conhecimentos matemáticos. 

4º Alfabetizado em nível pleno: indivíduo com excelente domínio da escrita, da leitura, da interpretação de textos e da aplicação de números. 

Os analfabetos funcionais, assim, encontram-se nos níveis 1 e 2. 

Desafios para a alfabetização no Brasil 

 No Brasil, há alguns desafios para que realmente se possa celebrar o dia 8 de setembro. São vários pontos que impedem o desenvolvimento pleno da alfabetização nacional e, assim, a efetiva comemoração do Dia Internacional da Alfabetização. 

O Brasil tem uma das maiores taxas de analfabetismo da América Latina. Em 2022,  o índice era de 5,6% de pessoas analfabetas, o que envolve cerca de 10 milhões de pessoas com 15 anos ou mais. 

Nesse sentido, os maiores entraves estão no ensino de pessoas idosas que vivem no Nordeste, além de o analfabetismo ser maior entre pessoas pretas e pardas, segundo informações disponibilizadas pelo PNAD Contínua (2022). 

Além das questões sociais, existem também problemas educacionais. Há uma insuficiente formação de professores, que, muitas vezes, não recebem os incentivos necessários para continuar a aprimorar sua formação. Consequentemente, os processos educativos de alfabetização ficam cada vez mais precários.  

 A importância da alfabetização na primeira infância

Durante o período da primeira infância, que vai até os 5 anos de idade, a criança está no momento de maior desenvolvimento cognitivo. Ainda que, em muitos casos, ela não possa ser alfabetizada, algumas práticas são essenciais para garantir a preparação para esse momento. 

Manter as crianças em contato com os livros, por meio da narração de histórias, é uma forma de aproximá-las da literatura desde cedo e, assim, despertar o interesse pela leitura. 

Ainda, deve-se aproveitar esse momento porque esse momento é o ideal para aprender sobre sons, palavras e linguagem. Posteriormente, isso ajudará no desempenho da criança na  leitura e na escrita. 

Por isso, sejam os pais, sejam os professores, é essencial que a criança seja assistida nessa fase, para que haja estímulo para a promoção da leitura. 

O Dia Internacional da Alfabetização e a Faculdade Phorte 

Neste dia tão importante, a Faculdade Phorte renova o seu compromisso de formar profissionais cada vez mais capacitados para atuar na construção de uma primeira infância significativa para a vida do indivíduo. 

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