1º Encontro internacional Pikler marca avanço da abordagem pedagógica no Brasil

Na imagem está escrito: 1º Encontro internacional Pikler marca avanço da abordagem pedagógica no Brasil. Nela, vemos uma professora ruiva, usando uma blusa de mangas compridas laranja e uma calça jeans. Ela segura um bebê que está interagindo com um brinquedo analógico. Ao fundo, vemos o ambiente escolar.

Com a presença de especialistas nacionais e internacionais, o evento reuniu 400 educadores do Brasil e fortaleceu a aplicação da abordagem Pikler na educação nacional.

No último final de semana (dias 26 e 27 de julho), a Faculdade Phorte sediou e promoveu o 1º Encontro Internacional de Pikler em São Paulo. O evento contou com referências da pedagogia e da abordagem Pikleriana – como Sonia Kliass, Myrtha Chokler, Gabriela Gresores, Bete Godoy e Maria Helena Pelizon – para refletir o papel dos profissionais que atuam com bebês e crianças. Essa primeira edição aprofundou a teoria para 400 educadores de todo o país.

De acordo com o professor Fábio Mazzonetto, diretor e mantenedor da Faculdade Phorte, o evento é um marco extremamente importante para a área educacional. O Diretor da Faculdade Phorte reafirma ainda a participação de especialista internacionais. Em suas palavras o evento contou com “a presença de profissionais que militam na área da educação e que trazem o que é mais importante – principalmente na abordagem de Pikler”.

Fábio Mazzonetto, Fundador e Diretor Geral da Phorte Educacional
Cintia é uma mulher ruiva que está usando uma blusa preta de gola alta enquanto dá seu depoimento dutante o 1º Encontro Internacional de Pikler. Ela tem a credencial do evento no pescoço.
Cintia – coordenadora pedagógica da rede municipal de Jundiai
Tammy é uma mulher de cabelos castanhos e lisos, que está de perfil enquanto dá seu depoimento durante o 1ª Encontro Internacional de Pikler. Ela usa uma camisa solcial azul clara, tem uma credencial do evento ao redor do pescoço e um óculos de sol na cabeça.
Tammy – mestranda em abordagem Pikler

Para os participantes, o encontro foi um marco e uma forma de adquirir e aprofundar competências em uma abordagem que está crescendo de maneira consistente na pedagogia. A Tammy – que veio do Rio Grande do Sul – descreveu a experiência como enriquecedora: “a gente achou maravilhoso. O tema tem muito a ver com minha pesquisa de mestrado e achei tudo muito interessante”. Cintia – coordenadora pedagógica da rede municipal de Jundiai – acrescenta que o conteúdo a ajudou em sua prática profissional, “como sou coordenadora pedagógica, isso vai me ajudar também nas formações com a equipe”, completou.

Outro ponto marcante do encontro foi o lançamento da edição brasileiro do livro A Aventura Dialógica da Infância: uma abordagem neuropsicossocial do desenvolvimento infantil, de Myrtha H. Chokler. A autora argentina não apenas estava presente para autografar a obra, mas também foi uma das palestrantes. Foi a primeira vez que ela viu seu trabalho traduzido e publicado pela Editora Phorte, “é um prazer e um privilégio ver esse livro – meu livro – que resume toda a história de trabalho, de investigação e de dedicação a infância”.

O que é a abordagem Pikler

A abordagem Pikler começou a ser desenvolvida em 1940 pela pediatra húngara Emmi Pikler. Em seu trabalho, a especialista propõe uma nova forma de olhar para o bebê, reconhecendo-o como sujeito ativo no próprio desenvolvimento. Processo que resulta da liberdade de movimento, da autonomia e da relação respeitosa com o adulto.

A perspectiva foi consolidada como técnica de atenção pediátrica integral pela experiência da húngara na direção do Instituto Loczy, em Budapeste e, nas décadas que se seguiram, começou a ser inserida no contexto pedagógico. Educadores começaram a reconhecer que as diretrizes de Pikler —respeito ao tempo de cada criança, escuta atenta e cuidado — ofereciam uma base potente para práticas pedagógicas coerentes com o desenvolvimento infantil.

Ao permitir que a criança explore o ambiente e desenvolva suas habilidades motoras no próprio ritmo, o educador favorece uma aprendizagem mais significativa, baseada na autonomia e na descoberta ativa. O princípio estabelece uma base para a valorização da escuta, da independência, da presença e do respeito como partes essenciais do processo de educar, e vêm transformando práticas em creches e escolas de educação infantil em todo o mundo.

Com o 1º Encontro Internacional de Pikler, a Phorte Educacional dá um passo importante na consolidação da abordagem no Brasil. Os 400 educadores reunidos saíram do evento com formação para lidar com as necessidades da infância e para desenvolver uma aprendizagem significativa. A proposta para a próxima edição é, além de continuar essa mudança, alcançar cada vez mais pessoas e manter a atualização frente as descobertas e inovações na abordagem Pikler.

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Transtornos Disruptivos na Infância: Identificação e Tratamento

A infância é uma fase cheia de descobertas, em que o desenvolvimento infantil acontece de forma intensa e dinâmica. Entretanto, para algumas crianças, este percurso pode ser acompanhado por transtornos mentais que impactam diretamente seu comportamento, emocionalidade e aprendizado. Entre eles, destacam-se os transtornos disruptivos do comportamento, o transtorno de oposição desafiante, o transtorno da conduta e o transtorno do espectro autista (TEA). Essas condições não apenas influenciam o desenvolvimento psicomotor, da linguagem e emocional, mas também trazem desafios para famílias, educadores e profissionais de saúde.

Entender essas alterações é crucial para oferecer intervenções adequadas, visando o bem-estar integral da criança e o seu pleno desenvolvimento. Este artigo aborda a identificação e o tratamento dos principais transtornos disruptivos na infância, com base em referências atualizadas e amparado por conceitos sólidos. Assim, profissionais e cursistas podem ampliar sua compreensão e aprimorar suas competências no cuidado e apoio às crianças que enfrentam esses desafios.

Sumário

Desenvolvimento Infantil: Fundamentos e Marcos

O desenvolvimento infantil é um processo complexo, que abrange a evolução psicomotora, da linguagem e emocional da criança, influenciado por fatores biológicos, sociais e culturais. Reconhecer os marcos típicos desse desenvolvimento é fundamental para diferenciar comportamentos esperados daqueles que podem ser indicativos de transtornos mentais.

Desde os primeiros meses de vida, a criança passa por etapas essenciais, como a aquisição de habilidades motoras amplas e finas e a evolução gradativa da linguagem verbal e não verbal. Além disso, a competência emocional ganha destaque, pois envolve a capacidade da criança em reconhecer, expressar e regular suas emoções, habilidades que se ajustam e fortalecem ao longo do tempo conforme ela interage com o ambiente.

Principais Marcos de Desenvolvimento (0 a 7 anos)

IdadeHabilidades Motoras AmplasHabilidades Motoras FinasDesenvolvimento da Linguagem
1-3 mesesManifesta reflexo de caminhar, ergue a cabeça, senta com apoio.Segura objetos se colocados na mão, começa a golpear objetos.Emite sons gutturais, balbucia, reconhece voz da mãe.
4-6 mesesRola, senta com apoio, rasteja.Alcança e agarra objetos, usa uma mão.Imita sons, variedadede vocalizações, volta a cabeça para sons.
7-9 mesesSenta sem apoio, movimenta-se com mais controle.Transfere objetos entre mãos, “movimento de pinça”.Balbucia (“dadada”, “mamama”), usa gestos básicos.
2-4 anosCorre, sobe escadas, pedala tricíclo.Segura lápis com dedos, recorta com tesoura.Vocabulário de até 900 palavras, uso de frases simples.
4-7 anosCaminha em linha, pula, coordenação avançada.Enfia linha em agulha, escreve com concentração.Usa sentenças completas, todos fonemas da língua.

Esta tabela evidencia o progresso gradual, indicando a importância do acompanhamento atento para identificar atrasos ou desvios. No contexto do curso de Graduação da Phorte, essa compreensão é essencial para futuros educadores e profissionais que atuam diretamente com o público infantojuvenil, como ocorre na licenciatura em Pedagogia.

Transtornos Disruptivos do Comportamento: Conceitos e Impactos

Os transtornos disruptivos do comportamento envolvem padrões repetitivos e persistentes caracterizados por dificuldades significativas no autocontrole emocional e comportamental. Essas crianças podem apresentar atitudes agressivas, desobedientes e que entram em conflito com normas sociais e figuras de autoridade.

Comportamentos externalizantes, que se manifestam de forma aberta e direcionada a outros, incluem gritos, agressões e desrespeito às regras, enquanto comportamentos internalizantes refletem mais em sintomas ansiosos e depressivos.

Sinais comuns de comportamentos disruptivos

  • Interrupções frequentes em sala de aula;
  • Desobediência persistente;
  • Agressividade dirigida a colegas ou adultos;
  • Resistência a seguir regras;
  • Prejuízo na aprendizagem e nas relações sociais.

Esses comportamentos podem ser influenciados por questões individuais, como temperamento e insegurança, além de fatores ambientais, como práticas parentais inadequadas e contexto socioeconômico desfavorável. Por isso, o diagnóstico requer avaliação cuidadosa da frequência, persistência e impacto dos comportamentos.

Transtorno de Oposição Desafiante (TOD) e Transtorno da Conduta (TC)

O Transtorno de Oposição Desafiante (TOD) caracteriza-se por um padrão de comportamento desafiante, raivoso e vingativo, persistente por pelo menos seis meses e presente em múltiplos contextos, como em casa e na escola. Já o Transtorno da Conduta (TC) traz um padrão mais grave, com violação dos direitos alheios e das normas sociais, incluindo agressões físicas, destruição de propriedade e atos antissociais.

Critérios diagnósticos essenciais

TranstornoCaracterísticas PrincipaisDuração MínimaCritérios Adicionais
Transtorno de Oposição Desafiante (TOD)Humor raivoso/irritável, comportamento questionador/desafiante, índole vingativa.6 mesesImpacto significativo em funcionamento social ou escolar; deve ocorrer em múltiplos ambientes.
Transtorno da Conduta (TC)Violação grave dos direitos básicos de outros, comportamentos antissociais e agressivos.12 meses (com sintomas recentes em 6 meses)Prejuízo clínico em várias áreas; distinção do transtorno da personalidade.

A severidade desses transtornos se manifesta em graus variados, de leve a grave, de acordo com a extensão e o contexto dos sintomas. Conforme apontado pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (APA, 2023), o acompanhamento multidisciplinar e o envolvimento familiar são pilares para o manejo eficaz dessas condições.

Abordagens terapêuticas recomendadas

  • Psicoterapia individual e familiar para expressão saudável das emoções;
  • Orientação a pais para manejo adequado dos comportamentos;
  • Intervenções escolares para promover disciplina positiva e inclusão;
  • Monitoramento e suporte em ambientes sociais e comunitários.

Transtorno do Espectro Autista (TEA): Características e Abordagens

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno do neurodesenvolvimento presente desde os primeiros anos de vida, caracterizado por déficits na comunicação social e padrões restritos e repetitivos de comportamento.

O TEA apresenta um espectro amplo, com diferentes níveis de gravidade, interferindo na comunicação verbal e não verbal, além da capacidade de interação social. Compreender essas variáveis é essencial para proporcionar um suporte adequado e individualizado, potencializando o aprendizado e o desenvolvimento da autonomia da criança.

Níveis de gravidade do TEA

NívelComunicação SocialComportamentos Restritivos e Repetitivos
Nível 3 (Muito Substancial)Déficits graves, pouca ou nenhuma interação, comunicação verbal muito limitada.Comportamentos que interferem severamente em várias áreas, sofrimento intenso com mudanças.
Nível 2 (Substancial)Déficits graves mesmo com apoio, dificuldade em manter interações sociais.Comportamentos repetitivos óbvios, impacto considerável no funcionamento diário.
Nível 1 (Necessita de suporte)Déficits notáveis, mas menos graves; dificuldades em responder e iniciar interações.Alguns comportamentos repetitivos com impacto em um ou mais contextos.

O tratamento do TEA demanda uma equipe multidisciplinar que envolva médicos, psicólogos, fonoaudiólogos, pedagogos e terapeutas ocupacionais. Intervenções precoces, como o uso do Sistema de Comunicação por Troca de Figuras (PECS), podem promover avanços significativos na comunicação e autonomia das crianças com TEA, conforme relatado em estudos recentes.

A formação continuada, inclusive para educadores da rede pública e privada, como enfatizado no curso de Pedagogia da Faculdade Phorte, é imprescindível para garantir uma educação inclusiva e de qualidade para essas crianças.

Conclusão

O acompanhamento do desenvolvimento infantil exige uma visão ampliada, que abranja aspectos psicomotores, da linguagem e emocionais, essenciais para o crescimento saudável. Os transtornos disruptivos na infância, como o Transtorno de Oposição Desafiante, Transtorno da Conduta e Transtorno do Espectro Autista, impõem desafios significativos para a criança, família e educadores, demandando diagnósticos precisos e intervenções integradas.

Compreender as nuances de cada transtorno possibilita a oferta de tratamentos individualizados e eficazes, que promovem a inclusão social e o pleno desenvolvimento do potencial infantil. O investimento em formação e atualização, como nas graduações e pós-graduações da Faculdade Phorte, também é fundamental para preparar profissionais capacitados e comprometidos com o futuro das crianças.

Quer aprofundar seus conhecimentos sobre desenvolvimento infantil e transtornos mentais? Conheça os cursos da Faculdade Phorte, localizados na Bela Vista, São Paulo, e transforme seu futuro acadêmico e profissional!

Perguntas Frequentes (FAQ)

  • Como distinguir um comportamento típico de um transtorno disruptivo na infância?
    É importante observar a frequência, a persistência e o impacto do comportamento. Comportamentos disruptivos exigem padrão repetitivo que prejudica a socialização e o aprendizado, enquanto comportamentos típicos são transitórios e adaptativos.
  • Qual a importância do diagnóstico precoce nos transtornos infantis?
    O diagnóstico precoce permite intervenções eficazes que podem minimizar prejuízos futuros, melhorar as habilidades sociais, emocionais e cognitivas e favorecer a inclusão escolar e social.
  • Quais profissionais devem estar envolvidos no tratamento dos transtornos disruptivos?
    Uma equipe multidisciplinar incluindo psicólogos, psiquiatras infantis, pedagogos, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais é essencial para um tratamento completo e individualizado.
  • Como a família pode ajudar na recuperação da criança com transtorno?
    A colaboração familiar é fundamental para estabelecer rotinas positivas, aplicar limites consistentes e apoiar a criança durante as intervenções terapêuticas e escolares.
  • O que o curso de Pedagogia da Faculdade Phorte oferece para profissionais que querem atuar com crianças com esses transtornos?
    O curso prepara educadores com uma abordagem inclusiva, atualizando sobre metodologias, necessidades especiais e promovendo uma formação baseada em práticas integrativas e acolhedoras.

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