A prática educacional contemporânea mantém uma matriz tradicionalista, que constrói um currículo de homogeneização no processo de aprendizagem dos alunos. Esse currículo não consegue alcançar e suprir as dificuldades de estudantes com necessidades especiais (física, intelectual, visual, auditiva e múltipla). Nestas situações, os professores precisam encontrar e propor novas ações para estimular as qualidades desses indivíduos em seu processo de aprendizagem, além de inclui-los nos grupos sociais junto aos demais colegas de classe.
Muitos desafios da inclusão iniciam-se com o despreparo de alguns professores, tanto curricular quanto psicológico, e isso é transferido ao ambiente escolar, afetando todo um coletivo. Dessa forma, é desenvolvido um ciclo vicioso de negação daquilo que se considera diferente. A educação especial como modalidade de ensino ainda está sendo difundida no contexto escolar, e para isso é preciso dispor de redes de apoio que complementem o trabalho do professor. Atualmente, as redes de apoio existentes são compostas pelo Atendimento Educacional Especializado (AEE) e pelos profissionais da educação especial (intérprete, professor de Braille etc.), da saúde e da família.
O papel do educador nesse contexto é intervir nas atividades que o aluno ainda não possui autonomia para desenvolver sozinho, ajudando-o a se sentir capaz de realizá-las. É com essa dinâmica que o professor seleciona estratégias de ensino e de apoio para compartilhar, confrontar e resolver conflitos cognitivos. Em função disso, a avaliação de aprendizagem também deve ser readaptada, sendo coerente com os objetivos, as atividades e os recursos selecionados.
No artigo Caminhos pedagógicos da educação inclusiva, Maria Teresa Mantoan comenta que “a inclusão não prevê a utilização de práticas de ensino escolar específicas para esta ou aquela deficiência e/ou dificuldade de aprender. Os alunos aprendem nos seus limites e se o ensino for, de fato, de boa qualidade, o professor levará em conta esses limites e explorará convenientemente as possibilidades de cada um.
Quando o conceito de inclusão escolar é verdadeiramente compreendido, as dificuldades vivenciadas na prática por parte dos mediadores são solucionadas. Muitas vezes, valores pré-concebidos pelas pessoas, informações incorretas, ou até mesmo a falta de informação e de conhecimento, constituem os maiores obstáculos à prática inclusiva.
Mas, ao unificar socialmente os alunos e seus processos de aprendizagem, é possível perceber que a experiência é válida para todos os envolvidos e pode resultar na expansão da mente dos estudantes e em seu desenvolvimento pessoal. Promover a educação é saber compreender o funcionamento humano (corporal e psicológico), sabendo observar, analisar e intervir em prol do desenvolvimento das habilidades de cada indivíduo.
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Fonte: novaescola.org.br; livox.com.br