O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é uma porta de entrada para os estudantes que desejam ingressar no ensino superior. Mas, para os brasileiros que precisam de uma atenção especial, o exame dispõe de uma outra modalidade, conhecida como PLL (abreviação de “people”, que em inglês significa pessoa e sugere que a prova é especifica para um determinado grupo de indivíduos), que funciona de uma forma semelhante à prova regular. A diferença é que a prova PLL é destinada para pessoas privadas de liberdade, candidatos presos em unidades prisionais ou jovens sob medida socioeducativa que também estejam privados de liberdade.
Cada unidade prisional ou socioeducativa tem um responsável pedagógico com acesso ao sistema de inscrição e suas funcionalidades. Esse profissional é quem realiza e acompanha as inscrições, determina a sala de provas dos candidatos, transfere participantes entre as unidades, caso necessário, dentro do prazo previsto e exclui participantes que tiverem sua liberdade decretada. A inscrição deve ser efetuada no portal do Inep, de acordo com o cronograma.
Na edição deste ano, a novidade é que os participantes do Enem para pessoas privadas de liberdade e jovens sob medida socioeducativa têm mais recursos de atendimentos especializados. Os candidatos contam a partir de agora com recursos extras, como prova em Braille, prova com letra ampliada, prova com letra superampliada, tempo adicional e/ou mobiliário acessível. De acordo com o edital, as provas serão aplicadas nos dias 10 e 11 de dezembro.
Além do público com baixa visão, que já era atendido pelo Enem PPL, a partir deste ano, o exame também atenderá pessoas com cegueira, visão monocular, surdocegueira, dislexia, déficit de atenção, autismo, discalculia, deficiência física, deficiência auditiva, surdez e deficiência intelectual.
Como funciona essa modalidade?
De acordo com o Inep, as provas do Enem PPL têm o mesmo nível de dificuldade do Enem regular. A única diferença é a aplicação dentro de unidades prisionais, incluindo penitenciárias, cadeias públicas, centro de detenção provisória e instituições de medidas socioeducativas. A aplicação é posterior ao Enem regular e ocorre em dias úteis.
Como utilizar o resultado?
Os participantes, com idade a partir de 18 anos, podem utilizar o desempenho no exame como mecanismo único, alternativo ou complementar para acesso à educação superior. Já os participantes menores de 18 anos, considerados “treineiros”, podem utilizar os resultados individuais para a autoavaliação de conhecimentos.
O responsável pedagógico também é quem acessa os resultados obtidos pelos candidatos e pleiteia sua participação no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e em outros programas de acesso à educação superior, se for o caso. Além disso, divulga as informações sobre o exame aos participantes.