Apresentação do projeto Bixiga – TransformAção Sustentável é realizada na Phorte

O projeto teve origem em um estudo realizado por seus fundadores: Wellington Souza, coordenador geral; Nádia Garcia, coordenadora de comunicação; Paula Lima, coordenadora ambiental; e Gabi Barbosa, coordenadora artística. Nesse estudo, intitulado “Mapeamento do lixo no Bixiga”, foram analisadas e fotografadas 91 das 129 ruas que compõem a Bela Vista.

A apresentação do projeto foi feita aos moradores da comunidade, coordenadores de curso e alunos da Faculdade, representantes do serviço público, imprensa e amigos convidados. Mais de 100 pessoas apreciaram a iniciativa socioambiental e cultivaram a esperança de algo novo, à luz das palavras do Padre Bogaz, da Paroquia Nossa Senhora Achiropita:

“Eu acho que o mundo é feito de boa vontade e de esperança, e nós estamos aqui porque temos ambas. […] Há falta de esperança, há falta de crer… não foi sempre assim, então pode de novo ser diferente! O bairro ser uma casa, a nossa casa maior. O bairro é o nosso quintal, onde vivem nossos filhos, nossas crianças…onde a gente está a cada dia”.

O descarte irregular do lixo polui a cidade, contaminando a água e o solo, e, consequentemente, o bairro. Animais e insetos, como ratos, baratas e mosquitos são atraídos pelo lixo, e, como ocorreu em duas ruas da Bela Vista, até escorpiões foram encontrados. Esses animais podem transmitir doenças como leptospirose, febre tifoide, cólera e dengue, entre outras, razão pela qual é importante a conscientização sobre o lixo.

[embedded content]Em tempos de chuva, o lixo entope bueiros e bocas de lobo, impedindo a vazão da água. Observam-se no bairro a ocorrência de alagamentos até em ruas com altimetria mais alta, como a Treze de Maio. A região do Rio Saracura, onde se localiza a Vai-Vai, sofre constantemente com enchentes. Parte do lixo da Bela Vista vai parar no Centro, causando alagamentos que provocam congestionamentos em toda a cidade, afetando diretamente a vida das pessoas.

Vale lembrar, porém, conforme assinalou o coordenador geral do projeto, Wellington Souza, que o sucesso do projeto só será possível com o envolvimento de todos buscando a melhoria do bairro, e não apenas das quatro pessoas que o idealizaram. A coordenadora ambiental, Paula Lima, complementou: “Se a gente não tiver essa noção de pertencimento, a prefeitura não resolve. Se a gente não fizer a nossa parte, se não houver a conscientização individual, o coletivo não vai conseguir fazer a transformação”.

Os objetivos principais do projeto são: estimular a conscientização e a cooperação de moradores, comerciantes e frequentadores do bairro sobre a produção e o descarte corretos do lixo; promover ações socioambientais para estimular o uso de produtos biodegradáveis ou recicláveis; proporcionar atividades, encontros, palestras e debates sobre o tema; e situar o bairro do Bixiga como exemplo do ativismo ambiental e de iniciativa comunitária.

Quando tudo parece ser impossível, quando tudo parece estar chegando ao fim, a gente percebe que tem pessoas que acreditam. E nós precisamos acreditar! […] Tudo aquilo que não se renova, tudo aquilo que não se transforma, morre. E nós não podemos deixar morrer. Nós precisamos acreditar, nós precisamos trabalhar, nós precisamos nos unir para que esse projeto realmente continue e se desenvolva”, disse o Padre Pedro, da Paroquia Nossa Senhora Achiropita.

O evento foi transmitido ao vivo na página do Facebook da Faculdade Phorte e está disponível a todos os interessados. Acesse aqui e confira.

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